Eu
sou a minha melhor amiga. Dou-me muito bem comigo mesma. Só eu entendo as
minhas crises de choro, as minhas crises de riso. Eu faço companhia para mim
mesma, dou-me conselhos, me conforto, me confronto, me conformo.
Eu
conheço todas as minhas qualidades e sei de cada defeito meu, de cada frescura,
de cada chatice. Sei que, às vezes sou tão insuportável com as minhas
preocupações infinitas, mas sei também o quão amável sou, o quanto gosto de
ajudar os outros, o quanto sou divertida, o quanto sou perseverante.
Só
eu sei dos meus pensamentos, dos meus sonhos loucos que tenho toda noite. Eu
rio sozinha, rio de momentos. Eu danço, canto e choro sozinha.
Coloco uma música, um filme, me emociono.
Sei
que eu não viveria feliz sozinha, mas sei que posso viver bem. Porque ninguém
nos entende melhor do que nós mesmos. Somos tão complicados, que às vezes nem nós
nos entendemos, quanto mais os outros.
Por
isso, eu aprendi a ficar bem sozinha. Até porque, por mais que você tenha
amigos e familiares, nessa vida, a gente caminha mesmo é sozinho. É nós quem levantamos cedo, pegamos um ônibus lotado, chegamos em casa a noite e, muitas vezes, ainda
temos que cuidar dos outros (filhos, marido etc.), como se já não
bastasse cuidar de nós mesmos.
Muitas
vezes, somos nós, sozinhos, que enfrentamos muitos obstáculos: doença,
desemprego, separação... sozinhos é que passamos a noite em claro pensando em
como resolver um problema. Só nós sabemos, de verdade, cada tristeza e cada alegria que carregamos no coração.
Portanto,
a gente não pode depender tanto dos outros para se realizar, para ser feliz. Nós
não podemos depender de nada que não é para sempre. Isso não quer dizer que eu não goste da companhia dos outros, imagina! eu adoro! mas também me sinto bem quando estou só comigo mesma.
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