É impressionante
como a gente absorve mais rápido as coisas ruins que acontecem no nosso
cotidiano. É o vizinho que liga o som alto de madrugada, o ônibus lotado, o
engarrafamento, o chefe mal humorado, o trabalho cansativo, as aulas chatas da
faculdade, a fila do banco, os quilinhos a mais, o cabelo que acorda com vida própria, a chuva
que não pára, o calor insuportável e por aí vai.
São tantos detalhes
que nos incomodam, que ao juntarmos tudo, parece que temos um grande problema em nossas
vidas. Isso, sem contar as coisas realmente “trágicas” que podem acontecer a
qualquer momento, como a descoberta de uma doença grave e a
morte de um ente querido.
Se olhássemos a
vida só por esse ângulo seria um fardo viver. Enfatizar as coisas ruins é o caminho mais fácil, porque o difícil
mesmo é encarar a vida de frente, disposto a superar os problemas com um
sorriso no rosto. É claro que temos que nos permitir chorar, sofrer e reclamar
mas, que isso não tome a maior parte do nosso tempo e nem que se torne parte da
nossa personalidade.
Tem muita gente por
aí que não tem nem 30 anos, mas que tem a cabeça de uma pessoa de 100. É mal
humorado, rabugento, espanta as pessoas pela sua chatice e alguns ainda têm a
“síndrome do coitado” e vivem choramingando pelos cantos “ah, isso só acontece
comigo”, “sou muito azarado”, “hoje sou assim por conta daquilo que me
aconteceu”.
Assumir a
responsabilidade de ser o que somos, de estar onde estamos e de ter a vida que
levamos é difícil, porém, necessário. Só assim é que vamos ter força para
alcançar nossos sonhos de forma menos estressante e mais feliz. Além disso, é
sempre bom procurar observar as coisas boas que nos acontecem. Aposto que
rapidamente você vai se lembrar de muitos fatos positivos e talvez
perceba que tem mais coisas para agradecer do que para reclamar.
"Vamos deixar para
sofrer pelo que é realmente trágico, e não por aquilo que é apenas um incômodo,
senão fica impraticável atravessar os dias". (Martha Medeiros)
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